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    Censo 2022 revela que Vazante abriga 883 quilombolas em sua população

    Censo 2022 revela presença significativa de quilombolas nas cidades do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG

    Na última quinta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados inéditos referentes ao Censo 2022, revelando a presença de quase 5 mil quilombolas vivendo nas cidades das regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais.

    Pela primeira vez, o Censo incluiu perguntas específicas em seus questionários para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas, o que permitiu a obtenção dessas informações preciosas sobre essa comunidade historicamente relevante.

    De acordo com os dados, Paracatu foi a cidade que registrou o maior número de quilombolas, com 2.836 indivíduos, o que representa 3% da população total do município. Já em Vazante, os quilombolas compõem uma proporção ainda mais expressiva, representando 4,4% da população local, totalizando 883 habitantes.

    Outras cidades também contam com comunidades quilombolas, ainda que em menor quantidade. Uberlândia possui 55 quilombolas, enquanto Uberaba conta com apenas um membro dessa comunidade.

    Por outro lado, é importante notar que, dos 76 municípios presentes nas regiões em questão, 48 não registraram a presença de pessoas autodeclaradas quilombolas.

    No total, a região abriga 4.807 quilombolas, sendo que algumas cidades possuem proporções expressivas dessa população em relação ao total de habitantes.

    Confira as cidades com maior população quilombola no Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste:

    1. Paracatu - 2.836 quilombolas (3,02% da população total)
    2. Vazante - 883 quilombolas (4,42% da população total)
    3. Araguari - 268 quilombolas (0,23% da população total)
    4. João Pinheiro - 253 quilombolas (0,54% da população total)
    5. Ibiá - 82 quilombolas (0,37% da população total)

    É relevante destacar o impacto cultural e histórico que essas comunidades quilombolas têm nas regiões em que estão inseridas, além da necessidade de políticas públicas que promovam sua valorização e preservação de tradições ancestrais. O Censo 2022 trouxe à luz informações essenciais para entender melhor a diversidade étnica e cultural dessas áreas de Minas Gerais.